Estudos
recentes do IDEC (Instituto de defesa do Consumidor), aliado a instituições
internacionais, cientistas e juristas brasileiros, identificou que o mercado de
alimentos não saudáveis – Fast Food entre outros, se utilizam de uma série de informações de marketing para venda de
seus produtos, e, segundo esses especialistas, isso contribui para a formação
de um ambiente obesogênico (obesidade e seus reflexos na saúde humana).
A ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) vem tentando há anos, normatizar o consumo desses
alimentos, especialmente quanto à presença de açucar, gorduras e sódio nos
alimentos, mas, ações judiciais propostas pela indústria alimentícia vem
travando essas iniciativas. Com isso, as pessoas se alimentam com esses
produtos que não informam suficientemente ao consumidor sobre suas propriedades
nutricionais.
O
Código de Defesa do Consumidor estabelece que é direito do consumidor ser
informado sobre os produtos colocados no mercado de consumo (composiçao, preço
etc.), a fim de se garantir a saúde e segurança dos consumidores, mas, o
Congresso Nacional pouco tem feito no sentido de contribuir para o cumprimento
da lei, e, para essa regulamentação de alimentos.
De
81 projetos ligados à questões de marketing em alimentos não saudáveis
propostos entre 200 e 2014, apenas 3 projetos estudam o assunto em torno do
alto consumo de açucar, sal e gorduras, demonstrando um total descaso dos
deputados e senadores para com a saúde da população, como, aliás, ocorreu
recentemente na Câmara dos Deputados com a aprovação do PL HEINZE que derrubou
a exigência de rotulagem de alimentos que contém ingredientes transgênicos.
Saiba,
portanto, que nosso Congresso Nacional pouco faz no que se refere à proteção da
sua saúde e quem ganha com isso é a industria de alimentos não saudáveis,
Fast Food entre outros, que se utilizam de altas doses de sal, açucar,
gorduras, corantes, conservantes e todo tipo de ingredientes químicos na elaboração
de alimentos para crianças e adultos, contribuindo para a exisitência de um
ambiente obesogênico na sociedade.
Sergio Carrano